Desde moleque, sempre tive o
Batman e o
Homem Aranha como meus heróis. Não só por toda fantasia dos dois mundos, como a imponência de um e o balançar entre prédios do outro. Eles era acima de tudo
humanos, esse era (e é) o diferencial que me cativa em cada um deles, tendo seus ideais e motivos para fazerem e serem o que são que, ainda similares, são distintos.
Nisso eu me sentia um pouco diferente de outras crianças, mas não inferiorizados, já que els tinham como seus heróis bombeiros, policiais ou até mesmo o próprio pai, que no caso do meu, nunca foi algo que eu pudesse dizer que ele é ou foi um herói pra mim. Diferente mas não inferiorizado, meus heróis usavam uniformes bonitos, tinham "armas especiais" (pra não chamar de "super poderes"), eram queridos não só por mim mas por nações e eram verdadeiros justiceiros onde atuavam, o orgulho de um povo, enquanto
os outros se apegavam a bombeiros, bravos combatentes do fogo, mas que ninguém conhecia, um trabalho que não tinha reconhecimento, mas que mesmo assim não fazia deles melhores ou piores que alguém que surge no meio da noite e captura mal-feitores.
Interessante é pensar -dentro deste contexto- que adultos também tem os
seus heróis, que neste caso é um personagem histórico ou alguém do tipo.
Che Guevara é o melhor exemplo disso. Nunca vi tanta gente ostentando camisetas, aparatos de todos os tipos que neles apareça o rosto de Che Guevara. Mas eu sempre me pergunto porque logo ele? Um Argentino (que até onde eu me lembro, o povo que é o eterno rival Tupiniquim) que foi um dos líderes da
Revolução Cubana coisa que pelo menos metade (pra não ser muito exagerado) não faça sequer idéia que exista ou, se sabe que existe não sabe que dela ele participou. Mas, sendo este herói um Revolucionário, um "figurão da história", porque não estamparmos nossas camisetas com uma imagem de D. Pedro I, que proclamou a Independência do País, ou com Princesa Isabel, que (antes tarde do que nunca) assinou a Lei Áurea. Acho que entendo porque, é que é de costume do país, ser patriota a cada quatro anos, quando a Seleção vai disputar uma Copa do Mundo que, quando decepciona, o país já não presta mais mesmo.